sábado, 12 de setembro de 2020

Mario Bros 3: o rei dos 8 bits!


Como todos sabem, Mario Bros 3 foi lançado em 1988 no Japão para o console de 8 bits da Nintendo. O jogo consistia numa evolução do que tínhamos em jogos anteriores, e adicionou a série novos power ups e coisas que se tornariam padrões nos jogos seguintes da franquia. O jogo seguinte (Super Mario World), adotou muita coisa de Super Mario 3, mas talvez falaremos disso a respeito em outra postagem. 


Sucesso de vendas no mundo todo, o jogo fez tanto sucesso que recebeu até um desenho animado. Cujo vou deixar um episódio dublado abaixo para que você conheça (caso nunca tenha ouvido falar). O engraçado é que ao assistir o desenho nas manhãs da TV Globo, cismava que Koopa (que no caso, deveria ser Bowser) era o pai do vilão da série Mario e que havia uma fase só com ele no final de Super Mario World, mas Koopa da série é o próprio Bowser! Essa confusão aconteceu porque o design do vilão é um pouco diferente dos jogos (que parece ter sido inspirado mais no design de Mario Bros 1), o que não aconteceu com seus filhos, que foram reproduzidos fielmente para a TV.



Nos dois primeiros jogos da franquia, Mario percorria 8 mundos e passando pelo mesmo número de castelos para salvar a princesa Peach. Cada castelo havia um Bowser a ser derrotado! Já em Mario 3, decidiram que Mario e Luigi (caso sejam dois jogadores), poderiam explorar melhor o mundo através de um mapa. E se a ideia era boa, inseriram ainda estágios extras que oferecem power ups e mini jogos como um jogo de memória com power ups e um onde você tem que clicar 3 vezes para ver se a figura se encaixará perfeitamente, premiando o jogador com certo número de vidas.


Muita gente tem enorme carinho pelo Super Mario World porque ganharam um Super Nintendo na infância com o jogo. Eu até entendo, uma vez que ganhei um Master System e o jogo que me fascina até hoje é o Sonic que veio na memória. Mas se tratando de Mario, acredito que o Mario Bros 3 é o melhor, e o pior, eu já falava isso na infância. Há uma versão remasterizada do jogo para o Snes, chamada Super Mario All Stars, mas nossa análise é da versão original de Nintendinho.


Algo em que não foi colocada no jogo do Super Nintendo e que em Mario 3 tem até no desenho, são roupas. Roupa de Sapo para nadar melhor; roupa daquele inimigo que atira martelos (não sei o nome dele, perdão); e até roupa de Guaxinim, que permite ao bigodudo voar. O botão P também aparece em Super Mario World, como seus icônicos inimigos. Mas o desafio do jogo de 8 bits é um pouco maior! E algumas mecânicas como ter que correr até alcançar o limite para poder saltar mais alto ou voar, eram muito bem vindas. Funciona desta forma: há umas setas no HUD do jogo que na medida que você vai pegando velocidade ao correr, elas vão sendo marcadas. Quando chegar em P, vai tocar um som e o símbolo irá piscar, permitindo que você salte mais alto ou use o poder de guaxinim.


O fato de usar um mapa, foi uma adição muito bem vinda que é muito difícil não vê-la em jogos do Mario. Só que nesta versão, além disto, inseriram alguns adversários que andam pelo mapa e seu encontro com ele se dará em um confronto valendo algum power up. Também existem alguns canos que permitem uma pequena fase que simula Mario atravessando um pequeno terreno e entrando em outro cano para aparecer em outra parte do mundo. Além de castelos com desafio geniais e que no fim, sempre trazem um guardião que após ser derrotado, libera um caminho para poder pular algumas fases caso os jogadores deem Game Over e decidem continuar, já que desta forma, teriam que começar pelo mundo onde parou, tudo novamente.


Você possui um inventário que pode ser acessado enquanto está no mapa cujo oferece diversos itens. E dentre um deles, está a flauta, que permite você pular de mundo como nos jogos anteriores. Tal tática existe porque o jogo é gigantesco e não há como salvá-lo (diferente da versão remasterizada em Super Mario All-Stars), mas daqui a pouco vou te falar da minha incrível experiência de ter finalizado ele do começo ao fim, sem desligar o videogame. A estratégia de pular de mundo é tão popular, que apareceu no filme O Gênio do Video Game (1990), confira a cena abaixo:

Também foi aqui que tivemos a oportunidade de enfrentar os filhos do Bowser em vez de enfrentá-lo em todo castelo. Diferente de Super Mario World e dos jogos anteriores, Mario não enfrenta os chefões principais em castelos, algo bem mais dinâmico. Os filhos do vilão surgem no reino com um navio voador e cabe aos irmãos encanadores vencê-los. O legal é que se você perde, o navio voador muda sua posição no mapa, forçando o jogador a passar algumas fases (caso tenha pulado para chegar mais próximo do chefe) para passar. Os reis estão transformados em algum bicho e cabe a Mario retirar um cetro mágico desses chefes e torna-lo humano novamente (muito mais em conta de resgatar o Toad e ouvir que a princesa não está mais naquele castelo!)


Agora vou te dizer qual foi a sensação de finaliza-lo do começo ao fim.


Conheci Mario Bros 3 antes mesmo do lançamento do Super Mario World e por não ter o console, não pude chegar muito longe. Mas anos depois, através de emuladores, pude jogar por mais tempo games que conheci na casa de amigos e conhecidos e um deles, foi o Mario Bros 3. Mas não cheguei ao ponto de tentar finalizá-lo ainda. Na infância, joguei muito a versão remasterizada do Super Nintendo, mas com era na casa de amigos, nunca chegamos perto de fechá-lo. Até o dia que um amigo meu deixou o Playstation dele aqui em casa (isso a uns 8 anos atrás, mais ou menos na data que escrevi esta postagem) e um dos jogos era um CD com vários emuladores, e dentre eles, o de Nintendinho.


Diferente da emulação de Mega e de Super Nintendo, a do videogame 8 bits da Big N era impecável e também foi um dos motivo que decidi finaliza-lo do começo ao fim. Meu irmão gêmeo já tinha zerado o jogo e me ajudou no processo, mas não no início. Quando liguei o videogame, disse pro meu irmão que zeraria o jogo, que diferente das tentativas que tinha feito com ele antes, não iria pular mundo e jogaria todas as fases praticamente. Anteriormente, ao jogar com Mario e Luigi, alguns recursos divididos tornaram algumas coisas difíceis, e senti essa diferença quando desta vez só tinha o personagem que dá nome ao jogo.


Como não uso save state e nada que não seja do próprio jogo, seria como se estivesse com o próprio Nintendinho em casa, e lá fui eu tentar encarar o gigantesco desafio. Esse dia foi marcado na minha vida, porque foi até então, a única vez que eu zerei o jogo - mesmo tê-lo jogado tanto. Só que passando umas três horas direto, aquilo começou a me cansar. Já estava por volta do quarto mundo (me lembro que estava na metade do jogo) e um amigo meu veio me chamar para ir pra rua. Por sorte, meu irmão assumiu meu posto e fui. Passei horas conversando e indo para aqui e acolá e quando cheguei em casa, já era noite e meu irmão já estava ficando cansado perto do ultimo mundo (ou no último, eu não me lembro) e daí na etapa final, dividimos para poder zerar essa obra de arte que acredito tenha durado mais de 7 horas!

Meu irmão me deu a oportunidade de finalizar com o Bowser, que se mata mesmo sem intenção. Tornando aquilo como um dos dias mais memoráveis da minha vida e agradecendo a Nintendo por trazer um jogo tão desafiador. Mas, pudemos comprovar que é muito difícil alguém zerar Mario Bros 3 do início ao fim sozinho, tive que ter a ajuda do meu irmão para esse fato  - e sem ajuda de save state! Por isso, está lançado o desafio. 


Será que você consegue zerar desde o primeiro mundo em salvar o jogo e ir até o fim de uma vez?

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