segunda-feira, 4 de maio de 2020

Shadowgrounds Survivor: superou ou não seu antecessor?


Shadowgrounds Survivor é a continuação de Shadowgrounds, jogo que já fizemos uma análise no blog. Por isso, muita coisa sobre a jogabilidade vou deixar de falar porque é praticamente a mesma do jogo anterior. 


Quem se divertiu com o primeiro game, deve ter ficado bastante empolgado com sua sequência. Gráficos melhores, jogabilidade aprimorada e a opção de três personagens deveriam empolgar qualquer fã da série. Porém, mesmo seguindo o mesmo sistema de upgrade das armas e as fases serem mais violentas, o jogo teve algumas mudanças em relação ao anterior de forma a corrigir seus "erros".


O pessoal da Frozenbyte tentou fazer o jogo melhor que o seu antecessor, e nisso não dá só pelo gráfico que é bem melhor. Talvez pelo personagem possuir nove armas, resolveram dividi-las em três personagens com jogabilidades um pouco diferentes. Também foi implantado um sistema de RPG, onde cada monstro abatido oferece pontos de experiência que são exigidos para avançar de nível, ganhado várias habilidades com o tempo. Coisas como o radar, que eram padrão do jogo anterior, agora se tornaram vantagens a serem compradas com pontos de experiência.

Os personagens também possuem número de pontos de vida diferentes entre si e habilidades próprias! Não cheguei a destravar todas, mas foi o suficiente para compreender as capacidades de cada personagem. Uma delas, foi a da personagem feminina poder rastrear os alvos e poder ver a barra de pontos de vida dos monstros - assim, aqueles monstros que ficam invisíveis, não eram tão difíceis de serem abatidos, o que era louvável, afinal, a mulher só tinha 75% de vida.


Há ambientes de gelo e fogo e alguns lugares parecidos em Shadowgrounds. As músicas se repetem e não há nenhuma criatura nova! São as mesmas, mas em um número muito maior. 

O sistema de vidas continua o mesmo, você caiu, há mais outros 4 de seu personagem para agir. Vendo como era bastante desafiador os estágios que não continham nenhum checkpoint ou alvo para salvar os jogo, os produtores resolveram picotar as fases. Em vez de passar uma fase gigantesca, você passa por "pequenos" pedaços que fazem parte de uma fase maior - assim, você não perderia tanto a paciência por ficar quase uma hora enfrentando monstros para depois perder as cinco vidas e voltar tudo de novo.

Só que o ponto fraco disso, foi que ao encurtar as fases - permitiu resetar o numero de tentativas padrão do jogo, o tornando mais fácil. Dentre as novidades, foi implantado um sistema de secreto, onde você acha um "S" escondido que lhe dará alguma coisa ao criar o novo jogo ou testar o modo sobrevivência (que é uma reciclagem das fases com monstros infinitos no objetivo de marcar pontos). O mapa, é bem mais bonito que de Shadowgrouns e é acessado da mesma maneira - porém, não há nenhum indicador de onde você deverá ir... assim, você poderá ficar perdido algumas vezes até achar o caminho (isso aconteceu comigo).


O jogo conta uma história onde os três personagens agem cada um numa trama própria, até se encontrarem no final do jogo. Parece que eles estão num planeta e que a colônia foi dominada pelas criaturas, mas o final da história não explicou nada. Na verdade, parece que o jogo foi entregue pela metade, pois não é nem de perto, tão empolgante como o anterior. Enquanto em Shadowgrounds o personagem exploraria a nave alienígena voando pelo espaço, aqui você apenas se defende das criaturas!

Não há chefes como no jogo anterior (pelo menos, icônicos!)

Se eu estava reclamando da campanha de Shadowgrounds ser curta, saiba que em Suvivor é mais ainda. Cheguei a terminar o jogo, quase completando 6 horas nos registros da Gog! Ou seja, no máximo, levei sete horas pra terminar! O que me faz dizer que se for pra escolher entre o primeiro jogo ou sua continuação, que ficasse com o jogo anterior. Porque os gráficos e melhorias na jogabilidade não interferem quando o game é mais curto que o outro.

Não há tanta liberdade de exploração assim e como você só pode usar quatro armas fixas, são poucas opções de upgrade - o que não me empolgou nenhum pouco. As vezes, são tantos monstros que  tive que ir pro final da fase em vez de enfrentá-los, mas até que foi genial colocar na tela quantas peças você tem quando o monstro dropa ao morrer.


Uma das minhas grandes reclamações foi sobre a posição do mouse. Enquanto no jogo anterior, você mirava com o mouse apenas girando o arco de visão do personagem e atirando através do mesmo, aqui, fizeram o mesmo, mas a mira é livre - que nem naquele jogo do Alien Swarm (da Valve). O que atrapalha bastante quando você está cercado e girar seu arco para acercar vários inimigos ao mesmo tempo, pois não está focado nos monstros por causa da mira.

Outra coisa que odiei foi a troca do botão de esquiva, que deixou o espaço para ser usado agora como Shift (graças a um super poder usado pela personagem feminina cujo poderia ser ativado com este botão). Além disso, o personagem não rola no chão como no jogo anterior, depende de onde estiver - correndo para um lado algumas vezes.

Na Steam e na Gog, o jogo está custando 20 reais, o que não vale a pena!

Se você quer jogar com os amigos, compre o jogo anterior ou espere uma promoção.

OBS: assim como Shadowgrounds, há a opção de você criar suas próprias fases. Ele vem com editor de níveis embutido, e até compartilha links que te ensinam a usar. Mas como exige um pouco de programação e não é algo fácil de se usar, essa ferramenta não costuma ser uma vantagem.

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