quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Shadowrun Returns não parece ser recomendado para o público brasileiro


Vou tentar ser o mais breve possível, uma vez que diferente das demais análises que fazemos aqui no blog, não cheguei a concluir o jogo e nem mesmo tenho essa intenção até o momento. Como fã de RPG de mesa e jogador ativo desde 1999, pode se dizer que já joguei de tudo nesta vida em relação a jogos de interpretação e dentre as várias adaptações eletrônicas de jogos que jogamos muito ao redor de uma mesa, Shadowrun Returns me meio gratuitamente pela Steam alguns anos atrás. Como recebi o mesmo jogo de forma 0800 além dos outros dois que vieram adiante pela Epic, resolvi falar um pouco dele aqui no blog, mesmo não sendo uma análise do jogo.


Shadowrun é um cenário de RPG ambientado em um mundo futurista, onde a magia retornou e raças medievais fazem parte de um cenário onde o mundo é controlado pelas megacorporações. Consegui jogar por um bom tempo a versão lançada pela Ediouro graças a um amigo do meu irmão que tinha o livro original. (Que hoje não está mais conosco!) O sistema é praticamente um Storyteller (Vampiro: A Máscara, Lobisomen: o Apocalipse e outros) só que utilizando dados comuns de seis faces. Na verdade, você joga tantos dados que parecem búzios e pelo que fiquei sabendo, nas novas versões não mudou muita coisa.


Como amo muito mais o tema cyberpunk do que a fantasia medieval, pode se dizer que joguei com gosto. Claro que pela pressa, tive que modificar o sistema porque foi considerado por mim, como o MAIS COMPLICADO SISTEMA DE JOGO que conheci em um RPG de mesa... a parada já é complexa e muitas vezes o próprio livro básico nos deixava confusos! Mas, a crítica não é nem sobre o sistema e o cenário, mas sim a versão eletrônica dele. 


Shadowrun returns foi o primeiro jogo eletrônico destinado a franquia após muito tempo - quando tínhamos uma versão dele para Mega Drive e Super Nintendo. Não sei se houveram outros jogos de pc da franquia até então, mas o título Returns iniciava uma nova era...


Cheguei a jogar na Steam até o momento, um pouco mais de 7 horas e meu personagem (um elfo tecnauta) estava até indo bem. Mas quando você tenta jogar uma versão de Baldur Gate pro Shadowrun em outro idioma, se iniciam as barreiras para novos jogadores. Vou te falar, o game é tão surpreendente, que além de você poder criar seu personagem da mesma forma que o RPG de mesa, algumas opções novas irão aparecer nos diálogos dependendo de suas habilidades. 


Você cria sua própria história baseada numa campanha, da mesma forma que acontece em BG. Além disso, você não precisa de uma placa de vídeo para rodá-lo... ele não é pesado e praticamente roda em qualquer pc (repito, ele não exige placa de vídeo). E como alguém que leu grande parte do livro original de 95, jogou/mestrou algumas campanhas com ele, devo dar todos os elogios possíveis ao game por levar todo o clima do RPG para os videogames. Mas é daí que vem a minha crítica: por que não em português? 


Será que não há uma versão traduzida de forma oficial em Portugal, pelo menos? 


Atualmente, a quinta edição (na data que esta postagem foi escrita) ainda é vendida em nosso idioma (pela editora New Order). Por que não pensar neles? O pior é para aqueles que receberam gratuitamente os três jogos da trilogia pela Epic Store recentemente, cujo dois dos games seguintes, NÃO TEM NEM OUTRA OPÇÃO DE IDIOMA a não ser o inglês!


ASSIM não dá, Epic! Ofereceu três RPGs gigantescos cujo você passa grande parte lendo para poder dar as respostas e criar uma história sendo que não tem uma tradução alternativa! E quem é que vai comprar o jogo no Brasil se não há tradução pro nosso idioma? Imagino que quem comprou o livro, adoraria jogar sua versão eletrônica. Eu não tenho a nova versão do RPG de mesa, mas está nos meus planos obtê-la (mesmo que seja para jogar usando meu GURPS 4 edição!)


O sistema de batalha para mim, supera o de Baldur Gate. Separando cada personagens por turnos e tudo é feito de modo instintivo e organizado. A personalização de personagens oferece várias opções e como não dá pra jogar online como em BG, dá pelo menos para ter a sua própria equipe - contratando mercenários e pegando missões como qualquer outro jogo do ramo. Outra crítica que vale a pena citar é que diferente de BG, você não equipa o seu grupo em Shadowrun Returns, o que eu achei uma grande sacanagem!


Ele retrata tão bem o cenário, que até há os confrontos dentro da Malha (não sei como a "Matrix" é traduzida nas novas versões, mas a versão da Ediouro tinha este nome). Então, se você deseja jogar uma versão eletrônica deste game e não sabe inglês, pode esquecer. Há tradução para o espanhol, cujo foi o idioma que eu usei para jogar - não é a mesma coisa, mas gastei 7 horas usando este idioma. Acredito que ele seja tão grande como o famoso jogo de D&D citado, mas é uma pena que o público brasileiro foi ignorado.


Esse aqui é um desabafo, de quem conseguiu por causa da Epic os três jogos, mas que desconhecem inglês e que tentou jogar em espanhol...


Se houver uma versão pro nosso idioma, posso fazer uma análise mais detalhada, mas por enquanto, é só!

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