Conheci este jogo ao perambular pela loja da Gog, cujo me chamou bastante atenção. Ele parecia ser uma espécie de diablo 2 desconhecido e assim que pude, comprei. Sua jogabilidade é similar ao clássico da Blizzard, mas também, é um game que superou minhas expectativas e nessa postagem, vou lhe dizer o porque.
Primeiramente, devo lhe informar o grande defeito desse jogo: não haver uma tradução para o português do Brasil. Já que diferente de Diablo, há uma história bem mais interativa e complexa - onde o jogador pode criar inimizades com alguns NPC's e afins. Exigindo alto conhecimento de inglês para poder saber o que for responder aos mesmos e até mesmo, entender o que fazer a seguir. Felizmente, aqui no blog disponibilizamos a um tempo, uma tradução em espanhol de Divine Divinity, feita pela comunidade. E foi com ela, que comecei minha aventura.
Diferente de Diablo, aqui o jogador possui mais liberdade para explorar o mundo, optando por uma enxurrada de missões secundárias que, assim como visto em Elder Scroll's IV: Oblivion, podem comprometer a aventura (principalmente, quando não se tem vasto conhecimento em inglês ou em espanhol, caso use a tradução daqui). O jogador inicia dentro de uma casa, sendo resgatado por um NPC - assim, você inicia a sua aventura como um personagem de RPG de mesa que não tem background (aqueles famosos caras que fazem personagens com amnésia para não ter que criar um passado!).
Ele apresenta uma vibe bem mais voltada para o RPG de mesa do que eletrônico, sendo praticamente, uma fusão dos sistemas de diablo com os de Baldur's Gate, sendo um RPG de ação, mas onde os personagens tem diálogos e de acordo com o que é dito ou feito, muda as coisas na história. Além de lembrar muito um jogo de interpretação convencional, ele não é tão simplificado quanto os demais rpgs de ação que conhecemos, que geralmente, temos uma janela para inventário e uma para atributos.
Aqui temos várias janelas, uma para os equipamentos, outros para a mochila (que é dividida em pergaminhos, itens gerais, armas e armaduras) e até uma para os atributos. O que pode ser complicado a princípio, mas logo se acostuma. Além disso, temos como em diablo, sistema de durabilidade das armas e armaduras, onde devemos sempre encontrar um ferreiro para consertar nossas armas. Outro ponto positivo são as variedades de itens "mais rpg" que encontramos, como carne e queijo (para curar e alimentar a nossa fome), cordas, etc.
Também encontramos inúmeros tipos de poções, estas que em sua maioria, não encontramos em rpgs de ação, como a poção de invisibilidade ( que em uma ocasião onde um NPC em companhia de soldados, ao discutir com meu personagem, mandou-os me matarem e eu a utilizei sumindo na presença deles - que me deixaram em paz em instantes). Há também um sistema de reputação, que é aumentado de acordo com as missões bem sucedidas - o que já é autoexplicativo.
No início do jogo, você cria seu personagem escolhendo uma das seis classes disponíveis (na verdade, são três classes e separadas em personagens masculinos e femininos). A escolha define os atributos iniciais do personagens e que habilidades eles começam o game. Ao avançar de nível, o jogador pode escolher as habilidades de sua classe ou de qualquer outra... criando builds bem interessantes, o que não significa que será um jogo fácil. Na verdade, você morrerá diversas vezes... principalmente em certas áreas, que você verá que não tem como vencer um certo inimigo e optando voltar lá muito tempo depois, com mais níveis e armas mágicas melhores.
Um dos jogos de RPG de ação com uma das melhores trilhas sonoras que eu já vi, cativando o jogador e colocando ele no clima... realmente, você não se sente que está jogando um rpg de ação, mas sim, um rpg de mesa... (se ele pudesse permitir uma partida cooperativa, seria bem melhor que diablo 2). Para encerrar essa postagem, vale a pena falar sobre o sistema de compra e venda - que diferente do convencional, não exige apenas peças de ouro.
Cada item, seja arma, armadura, carne, poção, etc. possui um valor monetário e na hora de comprar um item (ou mais), você precisa criar uma troca de valor equivalente... e cada vendedor (que pode ser um NPC na rua as vezes) tem um valor mostrado na tela de quanto ouro ele tem... (o que é bem interessante... já que em rpgs eletrônicos, o menino pobre as vezes tem dinheiro para comprar todos os seus itens caros!).
Realmente, eu fiquei impressionado com ele. Boa trilha sonora, boas cenas e apresentação de NPCs e uma boa trama... um bom jogo acima de sua época, ignorado por brasileiros por não possuir uma tradução para o inglês!
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